sábado, 28 de maio de 2011

"Você sempre achou que eu fosse ingênua demais. Suas mentiras, suas palavras falsas, isentas de sentimentos… Você sempre achou que todas elas soavam verdadeiras para mim, mas não. Acho que na realidade, você quem era ingênuo demais. Ingênuo por pensar que eu era apenas outra menininha, que como todas as outras, estaria sempre a sua disposição, sempre que você quissesse. Apenas quando precisasse. Você foi ingênuo ao, naquele início de madrugada, dizer que nos éramos o problema. Dizer que que as coisas não estavam dando certo, mas que o problema era exclusivamente nosso, sem terceiros, quartos ou quintos motivos. Mais que ingênuo, você foi covarde. Covarde por não ter coragem de assumir que na verdade, o problema não era eu, nem você. O problema era ela, e sua paixão platônica pelo errado, pelo proibido. Foi ingênuo por acreditar quando eu disse que tudo ficaria bem, e por não perceber que no fundo, eu já sabia. Sabia dos seus planos, dos seus medos, dos seus desejos. Que eu só esperava que de todos esses meses, restasse ao menos consideração. Eu só esperava que ao menos uma vez, você fosse homem o bastante para assumir seus pensamentos, vontades e atitudes. Fosse homem para falar a verdade. Concreta e real, não a inventada. Não foi, não é. É só outro garoto, que assim como os outros, partiu meu coração… E, logo, partirá o dela."


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